"Blog da Lú" de Luciana Novinski: PALESTRA SOBRE ETNIA POLONESA

Bem vindo ao "BLOG DA LÚ", um blog criado por mim Luciana T. Novinski para divulgação de minha cidade natal Dom Feliciano, os trabalhos relacionados a cultura que realizei de 2009 à 2012,2013,parte de 2014,2017 e parte de 2018 quando a frente do Dep. de Cultura do mesmo.A vida de Francisco Valdomiro Lorenz que até escrevi um livro, atividades diversas e da cultura polonesa realizadas por mim, e colunas do Jornal da Integração que escrevi até 10/2023.Obrigado por nos acompanhar!

quinta-feira, 5 de junho de 2014

PALESTRA SOBRE ETNIA POLONESA

No dia 29 de maio de 2014 eu Luciana Terezinha Novinski a convite da Escola Osvaldo Aranha de Camaquã estive na mesma palestrando sobre a Etnia Polonesa. Falando sobre a História da Polônia, costumes, tradições e curiosidades. Tirando também as dúvidas dos alunos e professores presentes. Agradeço o carinho da Direção, professores, alunos e da minha amiga Andresa Koepp supervisora da mesma, o delicioso café da tarde e os presentes. Muito obrigado de coração!

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SUA HISTÓRIA:

É com orgulho que homenageamos neste espaço o Patrono de nossa Biblioteca Municipal Francisco Valdomiro Lorenz, que escolheu Dom Feliciano como sua morada, pois nasceu na Tchecoslováquia e aos 22 anos quando veio ao Brasil escolheu Dom Feliciano para viver. Foi um fenômeno Lingüístico, pois chegou a conhecer 104 idiomas, do ocidente e do oriente, antigos e modernos, inclusive o clássico Sânscrito, a língua dos eruditos indianos. Com 17 anos dominava todas as línguas eslavas, além do latim, hebraico e grego, e ainda jovem foi tradutor oficial em seu país do chinês, do árabe, inglês, francês e latim. Estudou também o aramaico para penetrar na beleza grandiosa do “Sermão da Montanha” original.
Aos 18 anos ainda na Boêmia, sua cidade natal publica o primeiro livro em Esperanto. Quando chegou em Dom Feliciano em 1894 com 22 anos já falava fluentemente 24 línguas e alguns anos depois 52 idiomas. Aqui ministrava aulas e trabalhava como agricultor, e ajudava a quem recorria a sua ajuda por alguma enfermidade indicando tratamento com ervas. Foi um grande espírita e médium deixando um legado de cultura e bondade, teve 77 obras publicadas, sendo várias em esperanto, a língua universal, além de muitas traduções. Foi estudioso da astronomia e astrologia, escreveu a oração do Pai Nosso em 100 línguas, o nome de Deus em 365 para reverenciá-lo a cada dia do ano em um idioma diferente e a oração da Ave Maria em 22 línguas.
É considerado um vanguardista do esperanto, pois em 1957 , três dias antes de sua morte a Rádio Roma na Itália fez homenagens a ele por ser o esperantista mas antigo do mundo. Recebeu proposta do Governador Getúlio Vargas em 1928 para trabalhar com ele no consulado e recusou alegando sentir-se melhor ensinando os pequeninos de sua cidade Dom Feliciano.
Francisco Valdomiro Lorenz, um exemplo de inteligência e simplicidade que está presente em nossas lembranças pelo carinho que teve por nossa cidade a escolhendo como lar!

MONUMENTO DE NOSSA SENHORA DE CZESTOCHOWA

Monumento em honra a Nossa Senhora de Czestochowa. Ao lado da Cruz do Imigrante, simboliza uma mão protegendo a cidade, e possui em seu interior a seguinte frase em polonês: “MATKO BOSKA CZESTOCHOWSKA, JESTEŚMY POD TWOJA OPIEKĄ”. Traduzindo: “Nossa Senhora de Czestochowa estamos sob tua proteção.” Inaugurado na Administração do Prefeito Cláudio Lesnik pela passagem de aniversário da Semana do município, é mais um ponto turístico de nossa cidade. Tanto ele como a Cruz do Imigrante recebem iluminação a noite.

PROF. LADISLAU TOPACZEWSKI

Nasceu em 27 de junho de 1886 em Nur, na Polônia. Na juventude mudou-se para Varsóvia e começou a se ligar ao movimento dos operários e lutou pela liberdade do país, pela justiça social e pelos direitos humanos, foi integrante do PPS (Partido Socialista Polonês), nele conheceu personalidades como Estevão Orzej, Daszunski, Moraczewski, Mar. Jósef Pilsudski, Krzesimowski e outros. Após sair da Polonia, se muda para o Canadá, posteriormente Estados Unidos e Brasil, residindo em Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, até que 1920 vem para colônia São Feliciano, auxiliava na construção das sociedades e do grande número de alunos sob seu comando, houve épocas em que lecionava para mais de 100 alunos ao mesmo tempo. Ladislau também foi um dos primeiros professores a ensinar o português nesta colônia e sob seu comando a disciplina sempre foi destaque. Ladislau era conhecido por todos os membros do círculo de professores poloneses de escolas particulares, era respeitado nos encontros, bem como nos inúmeros artigos de imprensa polonesa, entre eles o “Swiat” de Curitiba. Deixou uma vasta herança cultural em Araucária, Nova Galícia, Porto União, Três Barras, Rio Grande e por todos os lugares por onde passou, mais foi nesta colônia que viveu a maior parte de sua vida. Dedicou aqui mais de 40 anos de trabalho, sabendo das dificuldades da época escreveu suas memórias, porém antes de sua morte, entregou ao Padre José Wojnar incumbindo o de publicar sua obra mediante alguma oportunidade, assim sendo em 1990 o Pe José Wojnar lança o livro “Memórias de nosso Torrão Natal, narradas por Ladislau Topaczewski”.O professor teve seis filhos e trabalhou por 14 anos como professor particular e 18 anos como professor municipal. Sem dúvida, um dos maiores professores que atuaram nesta terra, pois dedicava-se a esse trabalho com todo seu empenho, faleceu em 08 de junho de 1970 em Dom Feliciano. Foi amigo de Francisco Valdomiro Lorenz e em seu livro além de muitas coisas disse: “ Para Lorenz, todos nós, professores e colonos poloneses devemos profunda gratidão perene e perpétua recordação.”

ARYSTARCH KASZKUREWICZ

Conhecido como “O Artista dos Deuses” deixou seu trabalho gravado em Dom Feliciano. Um artista nascido na Polônia em 12 de fevereiro de 1912 e que assim como muitos poloneses sofreu as dores da guerra ao perder em conseqüência da mesma as mãos e a visão do olho esquerdo, mas que mesmo assim provou a todos que as limitações existem, mas que podem ser superados se tivermos vontade. E mesmo com limitações esculpiu a Belíssima Via Sacra em esgrafito à fresco que embeleza nosso Santuário de Nossa Senhora de Czestochowa. Temos orgulho em dizer que “O Artista dos Deuses” passou por Dom Feliciano e deixou sua marca, que convidamos a visitar assim que vieres conhecer nossa cidade.

PE. VITOR DEWOR

Não poderíamos deixar de falar deste Padre que encontra-se sepultado na Capela do Cemitério Municipal. Foi assassinado dentro da Igreja, no confessionário, com uma facada mortal no peito. Desferida por um jovem que anteriormente havia se revoltado contra outro Padre que o havia reprendido por seu mal comportamento na Igreja, foi morto injustamente e sem oportunidade de defesa no dia 10 de junho de 1942, sendo recém chegado a cidade. Teve o cuidado de arrastar-se até a rua para que seu sangue não caísse na igreja, pois se isso acontecesse a mesma teria de ser fechada. Atualmente existem em volta de seu Epitáfio no Cemitério várias placas de agradecimento por graças alcançadas por sua intercessão. Que descanse em paz e um dia suas intercessões sejam agraciadas com a beatificação.

TELEFONES ÚTEIS:

ACIDOF (51) 3677-1170

BRIGADA MILITAR (51) 3677-1269

DELEGACIA DE POLÍCIA (51) 3677-1200

UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS) (51)3677-1410

HOSPITAL SÃO JOSÉ (51)3677-1195

PREFEITURA (51) 3677-1295

CÂMARA DE VEREADORES (51) 3677- 1185

SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS (51)3677- 1395

CEEE 08007212333

RÁDIO E JORNAL DA INTEGRAÇÃO (51)3677-1130

PARÓQUIA (51) 999353106

RODOVIÁRIA (51) 3677- 1118

SECRETARIA DA SAÚDE (51) 3677-1160

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO (51) 3677-1490

SECRETARIA DA AGRICULTURA (51) 3677-1235

SECRETARIA DE AÇÃO SOCIAL (51) 3677-1326

CASA DA CULTURA (51) 3677-1142

SAMU 192

A HISTÓRIA DE MEU AVÔ MATERNO – WACLAU LAPINSKI – UM POLONÊS LUTADOR

O meu Avô Materno e Músico Waclau Lapinski saiu da cidade de Lódz na Polônia em 1926 em busca de uma vida melhor no Brasil. Veio devido a crise e a miséria na época estar assolando seu país e também por ter sido convidado por seus tios Francisca e José que não tinham filhos e já residiam na Colônia São Feliciano. Waclau embarcou com a esposa Bronislava Kwasnienska e os filhos Leokardia Lapinska de 2 anos e Jan Lapinski de oito meses. No navio, um surto de sarampo tira a vida de muitos imigrantes, inclusive os filhos e a esposa de Waclau, ficando ele sozinho. Alguns corpos foram enterrados no Rio de Janeiro e outros em Rio Grande. O Tio o aguardava no Porto de Rio Grande com a família, e entristece-se ao velo chegar sozinho. Como a viagem era feita de carroça, foram longos dias de viagem até São Feliciano, mas maior ainda foi sua dor ao chegar na casa dos tios e constatar que suas malas foram trocadas, e a gaita seu instrumento de trabalho se perdido. Dias depois retornaram ao Porto na esperança de recuperar a mesma, e milagrosamente ela estava lá, ou seja quem a levou por engano a deixou no porto. As dificuldades relatadas por Waclau consternaram os descendentes e são contadas até os dias atuais. Além da saudade dos pais e irmãs e da perda da esposa e filhos, teve que se adaptar a nova cultura e aprender a trabalhar na terra mesmo com dificuldade, pois por ter um problema de coluna, não podia trabalhar na mesma, mas com sua gaita passou a animar festas em Dom Feliciano, Amaral Ferrador, Camaquã e Encruzilhada do Sul. Passados alguns anos , casou-se aqui no Brasil com Cecília Kuczynski, com a qual teve dois filhos, mas com eles ainda pequenos fica viúvo novamente. Casou se então pela terceira vez, agora com a viúva Apolônia Nimczewski, mãe de três filhas. Após a união o casal ficou com cinco filhos considerados de ambos, porém da união deles tiveram mais 10 filhos, e entre eles minha Mãe Marta. Waclau faleceu em 1958, aos 64 anos de infarto, de saudades de sua terra Natal, deixando minha Avó Apolônia com o filho mais novo tendo apenas 2 aninhos. Vó Apolônia, uma guerreira, criou todos sozinha, com ajuda de familiares e amigos, mas nunca pensou em casar de novo. Me orgulho muito de ser neta deste dois lutadores, que com muito trabalho, fé em Deus e dedicação conseguiram educar uma família tão numerosa para o bem, porque Graças a Deus como diziam os antigos...nenhum se desviou para um caminho ruim.

PE. CONSTANTINO ZAJKOWSKI

Nasceu em Goniondz na Polônia no dia 02 de outubro de 1878. Veio para o Brasil em 1899 e estudou Teologia na Bahia e Recife ordenando-se Padre. Transferido para cidade de Rio Grande foi Conselheiro escolar e confessor no Liceu Salesiano Leão XIII. Em Dom Feliciano , iniciou as atividades de vigário no ano de 1921, realizando obras marcantes para o desenvolvimento educacional, cultural, religioso, social e material. Obras como a Escola Maria Santíssima e um grupo escolar no centro da cidade e 14 escolas no interior, a cooperativa, trouxe as Irmãs Franciscanas Bernardinas que construíram o Hospital, organizou uma Banda de Música, fundou o “Tiro de Guerra” dando preparo aos jovens, e organizou a 1ª Campanha de Emancipação da Colônia. Aos professores sempre pregava que “A educação era o melhor caminho para sair da obscuridade, da miséria e para a melhoria da saúde. Além de atender as capelas do interior , prestava apoio aos padres das comunidades vizinhas, a cavalo e a pé. Durante doze anos permaneceu em Dom Feliciano tendo o P. Rodolpho Komorek como cooperador. Ambos, sacerdotes virtuosos, despertaram em muitos jovens a vocação para o sacerdócio. Retornou ao Liceu Salesiano Leão XIII, da cidade de Rio Grande, onde pelo relevante trabalho, passou a ser chamado “O Apóstolo da Cidade Nova”. Em 1954 comemorou as Bodas de Ouro de sua vida sacerdotal recebendo uma homenagem dos salesianos, paroquianos e amigos, que lhe prepararam uma festa digna de tão nobre jubilar. Faleceu em 7 de março de 1968 e foi sepultado no jazigo dos Salesianos idealizado por ele mesmo.

MEMORIAL FRANCISCO VALDOMIRO LORENZ

Mausoléu que abriga os restos mortais de Francisco Valdomiro Lorenz. Idealizado por Luciana T Novinski (Diretora de Cultura na época), Vladimir Lorenz e Sinval Lorenz (Netos de Francisco). Inaugurado dia 04 de novembro de 2012 em Dom Feliciano ao lado da Capela Mortuária Municipal, com as presenças ilustres do Excelentíssimo Senhor Ivan Jancarek Embaixador da República Tcheca, Excelentíssimo Senhor Pavel Prochazka Cônsul Geral da República Tcheca, Excelentíssimo Senhor Martin Musel – Cônsul Honorário da República Tcheca em Porto Alegre ( in memorian), autoridades locais, familiares e amigos e admiradores deste grande sábio. Ele que era professor, filósofo, médico homeopata, escritor, astrônomo, astrólogo, poliglota, esperantista, Patrono de uma Loja Maçônica, Delegado Geral do Círculo Esotérico do Pensamento no RS, Doutor em Cabala e médium renomado que dedicou sua vida fazendo o bem ao próximo e escolheu Dom Feliciano como sua terra, pois nasceu na República Tcheca, e que com muito carinho e admiração recebe esta singela homenagem através de um Memorial. Francisco Valdomiro Lorenz...um sábio que viveu no meio de nós.

JOSEF BIESZCZAD - 1° FOTÓGRAFO DE DOM FELICIANO

Josef Jan Bieszczad, um dos primeiros fotógrafos de Dom Feliciano, nasceu em Lemberg, na Polônia em 1906 e veio criança de colo para o Brasil, junto com sua mãe, viúva, e seus irmãos mais velhos. Tendo a família se radicado inicialmente em São Mateus, no Paraná, onde já havia uma colônia de poloneses, posteriormente José, trabalhou no consulado da Polônia, em Curitiba, até que, por ocasião da segunda guerra, sendo fechado o consulado, dedicou-se a aprender a arte da fotografia, vindo a instalar-se definitivamente na colônia de São Feliciano, onde já estivera antes tendo casado com uma das filhas do professor Francisco Waldomiro Lorenz, chamada Emma. Desse matrimônio nasceram dois filhos, Tales e Jandira. José Bieszczad exerceu por vários anos a profissão de fotógrafo em Dom Feliciano, registrando nascimentos, comunhões, festas de aniversários, reuniões, casamentos e falecimentos dos moradores, tendo assim um conhecimento muito grande da população tanto da sede como das linhas, e desenvolvendo laços de amizade com muitas famílias locais. Foi igualmente um genro muito apreciado pelo prof. Lorenz, devido ao seu amor pelos livros e pela sua cultura humanística. Foi também professor de primário nas linhas Matos e Correa Neto não só alfabetizando as crianças, mas ensinando o português, sendo muito estimado pelos pequenos alunos que o recebiam carinhosamente quando já adultos. Nos finais da década de 5O, mudou-se, com a família, para Camaquã, em busca de melhores condições financeiras, passando por outras cidades até morarem por alguns anos junto com o filho, em São Paulo, e por último mudaram-se para Florianópolis, onde já residia a filha. Ali José Bieszczad veio a falecer, aos 78 anos. Durante todos estes anos em que residiu fora de Dom Feliciano, frequentemente ali retornava, para visitar parentes e amigos, tendo sempre sido profundamente apaixonado pelo lugar. Deixou um grande legado para história do município através de suas fotografias.

Casa da Cultura do Imigrante - Museu e Biblioteca em Dom Feliciano.

No Museu Municipal você encontra um vasto acervo de objetos antigos variados, onde é preservada a história e a cultura polonesa de nossos imigrantes. Contendo também dois Espaço Memória dedicado a pessoas ilustres de nossa comunidade. E a Biblioteca Francisco Valdomiro Lorenz possui grande número de livros com acervo totalmente digitalizado, com acervo disponível pela internet. Aberta para visitação de Segunda à Sexta-feira das 8h às 12h e das 13h às 17h. E sábados e domingos das 13h30min às 17h. Esperamos sua visita!

SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DE CZESTOCHOWA

O Santuário de Nossa Senhora de Czestochowa é um dos únicos no país que segue o mesmo ritual que é realizado no Santuário na Polônia. Onde todos os dias as 7 horas da manhã acontece a abertura do Quadro da Padroeira que é acompanhado por orações e pela fanfarra(hino usado para abrir o quadro)ao ser exposto, pois esta protegido por uma placa de metal com anjos esculpidos em sua frente. E às 19 horas acontece então com a missa o fechamento do mesmo, onde ele durante a noite até o outro dia fica protegido. O quadro foi trazido da Polônia e é bastante venerado pelo povo polonês que aqui reside. Convidamos a todos para que ao visitarem a cidade conheçam nosso Santuário que mantém a porta lateral aberta durante todo dia.

JOÃO CÂNDIDO - O ALMIRANTE NEGRO

Temos orgulho em dizer que terras que hoje pertencem a Dom Feliciano, nasceu um Herói Nacional, João Cândido Felisberto, o ALMIRANTE NEGRO. Conhecido mundialmente por ter comandado entre os dias 22 a 26 de novembro de 1910 na cidade do Rio de Janeiro(época capital do Brasil) a Revolta da Chibata, um motim naval que tinha como objetivo terminar os castigos pesados que a Marinha na época utilizada contra seus comandados de menor escalão. A chibata uma espécie de corda com pregos era utilizada como castigo, o que desencadeou o motim foram as chibatadas que o marinheiro negro Marcelino Menezes levou, que de 25 passaram a 250, fazendo o chegar quase morto a enfermaria. João Cândido por ter um bom coração, não suportou ver seu amigo naquele estado e então comandou o motin. Infelizmente nada do que o governo prometeu a ele de mudanças cumpriu, sendo ele até o fim da vida perseguido e castigado, mas a justiça divina com certeza o recompensou. Um homem de coragem que temos orgulho de dizer que nasceu em Dom Feliciano.

PROF. CARLOS MUSZYNSKI

Veio da Polônia em 1906, lecionava o polonês em sua residência e mais tarde o português na Escola Pública. Tocava e regia sua própria Banda Musical e ainda tocava órgão na Igreja formando um coro de belíssimas vozes. Professor Muszyński era mais que um simples músico, pois deve-se a ele a permanência das músicas polonesas executadas ainda nos dias de hoje, já que a grande parte dos músicos da outra geração estudaram com ele. Carlos Muszyński é considerado o melhor tocador de violino de Dom Feliciano até hoje e tocava órgão extraordinariamente bem. Partiu desta vida fazendo o que mais gostava, na Missa de Ação de Graças na Campanha de Emancipação , no dia 3 de junho de 1962 lá estava ele tocando quando foi acometido por um mal súbito vindo a falecer com as mãos no teclado. Sua morte despertou sentimento de imensa tristeza em toda colônia e ele é lembrado até hoje por seu talento musical nato.