quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

AFOGAMENTO É MAIOR CAUSA DE MORTES ACIDENTAIS DE CRIANÇAS NO BRASIL, SAIBA COMO EVITAR.


A temporada de férias esta chegando e com elas as viagens a praias, lazer em piscinas,  passeios a locais com rios e outros tipos de divertimento que tem água, e infelizmente o  número de afogamentos é cada vez maior. Segundo dados do Ministério da Saúde todos os dias, 17 pessoas morrem afogadas no Brasil, sendo que três delas são crianças. Em 2016, ano com os dados mais recentes, foram 913 óbitos por afogamento de crianças de até 14 anos de idade. Essa é a maior causa de morte acidental entre crianças na faixa de um a quatro anos, sendo a piscina o local onde a maioria dos incidentes ocorre, ainda conforme o ministério. Sol, piscinas, praia e mar, nada melhor do que um cenário como esse para descontrair e descansar no verão. Com tantos turistas no litoral brasileiro, as praias ficam superlotadas e, com isso, o número de acidentes tende a aumentar. Uma das principais ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros nesse período é o afogamento. Cerca de 500 mil pessoas morrem, por ano, devido a esse acidente. O alarmante número não se refere apenas às praias, mas também às piscinas, açudes, lagos e  rios. Para completar o quadro, 10 milhões de crianças e adolescentes, entre zero e 14 anos, são hospitalizados a cada ano devido a afogamentos. Quando alguns cuidados não são tomados, o que era para ser diversão vira problema ou até tragédia. Por isso, fique atento. Prepare-se para o verão e não abuse. A falta de conhecimento em natação e a grande ingestão de álcool são consideradas os motivos mais frequentes para os casos de afogamento. Mas não são os únicos: convulsões e traumas (estes devido a pancadas em pranchas, barcos, pedras ou até mesmo no fundo de rios e do mar) também ocorrem com frequência. “Quando uma pessoa se afoga, a primeira reação do organismo é fechar a glote para não deixar que a água entre nos pulmões. Porém, se a pessoa continuar submersa, a glote se abre e deixa a água entrar invadindo os pulmões, ou seja, as vias aéreas, impedindo a passagem do ar”, alerta o dr. Sulim Abramovici, gerente médico Materno-Infantil e um dos autores do livro Guia de Primeiros Socorros, escrito por especialistas do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Com isso, a vítima costuma ficar com a pele arroxeada (sinal de falta de oxigênio) e pode ter parada respiratória. Diante desse cenário, é importante saber quais os primeiros socorros quando há um banhista afogado. Existem duas situações de afogamento: quando alguém está se afogando ou quando o afogado é você mesmo. Nos dois casos, é necessário manter a calma, pois o nervosismo piora a situação. Caso esteja se afogando, relaxe, tente boiar para não se afundar e gritar por socorro. Quando se é espectador: cuidado, pois não é tão simples ajudar. Conheça o passo-a-passo desse resgate. RETIRADA DO MAR : Não é preciso se expor para ajudar quem está se afogando ou tentar retirar o banhista caso não se tenha treinamento apropriado. Ao avistar a vítima, ligue para a equipe de resgate (193) e passe a informação da situação e do local da ocorrência. Logo em seguida, procure algum objeto flutuante, como prancha ou boia, e jogue para o banhista. Muito cuidado ao se aproximar, pois por causa do desespero o resgatado pode tentar se segurar, e o quadro vai se agravar com duas pessoas em risco no mar. Caso o banhista esteja desacordado, use colete salva-vidas ou um objeto flutuante para permanecer seguro, puxe a vítima de costas, segurando pelo queixo e mantendo o corpo na horizontal e a cabeça sempre fora da água. Em terra firme: Quando a vítima já estiver na areia e na ausência de equipe especializada  é preciso colocá-la de lado e analisar seu quadro de saúde. Se ela estiver respirando, aguarde a equipe de resgate e a mantenha aquecida. Mas, se estiver desacordada, deve-se abrir as vias respiratórias, empurrando o queixo para cima para deixar a boca aberta. São e salvo assim que a pessoa voltar ao normal, ela deverá permanecer deitada de lado até que se sinta totalmente recuperada, aguardando o socorro especializado. A vítima deve ir ao hospital e jamais para casa, pois traumas e outras sequelas podem aparecer depois de horas do ocorrido.  Não deixe as alegrias das férias se tornarem um pesadelo, aproveite a praia e seus locais de lazer com alegria e segurança tomando cuidado para que esse acidente não aconteça em sua família ou entre seus amigos.