domingo, 27 de abril de 2014

MINHA HOMENAGEM A ESTE EXEMPLO DE FÉ E AMOR INCONDICIONAL AO PRÓXIMO, O QUAL JÁ SOU DEVOTA! SÃO JOÃO PAULO II

Natural de Wadowice, a 50 quilômetros de Cracóvia, na Polônia, onde foi arcebispo e cardeal, percorreu todos os continentes nos 26 anos e 5 meses em que chefiou a Igreja Católica. Nas duas primeiras viagens ao Brasil, em 1980 e 1991, foi a 23 cidades, incluindo todas as capitais e o Santuário de Aparecida. João Paulo II era uma figura carismática e envolvente. Conquistava as pessoas com seu constante bom humor. Fazia piadas, gostava de trocadilhos, cantava com sua voz de barítono e improvisava tiradas surpreendentes, falando às multidões em sua língua. A veneração por Wojtyla transbordou na semana de seus funerais, em abril de 2005, quando a multidão começou a pedir sua canonização. "Santo súbito!", gritavam milhares de fiéis no Vaticano. O coro se repetia após a eleição de Bento XVI, toda vez que o alemão Joseph Ratzinger citava o nome de João Paulo II, de quem fora fiel escudeiro como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Resposta imediata: o papa polonês foi beatificado em 2011 e está sendo canonizado agora. A imagem de santo que culmina com a celebração deste domingo tem raízes na vida sofrida de Wojtyla, dos tempos de menino órfão em Wadowice e de seminarista clandestino na Polônia ocupada por nazistas até a resistência ao comunismo imposto pelos soviéticos após a Segunda Guerra. A auréola de santidade brilhou ainda mais a partir de 13 maio de 1981, quando o papa foi vítima de um atentado na Praça São Pedro. João Paulo II atribuiu à Nossa Senhora de Fátima, cuja festa se comemorava na data, o "milagre" de ter escapado da morte. Recuperado, visitou e perdoou na prisão o turco Mehmet Ali Agca, que havia atirado nele. Lolek, como o papa era chamado pelos amigos, perdeu a mãe, Emília, em 1929, e o irmão médico Edmund em 1932. Em Cracóvia, para onde se mudaram, dividiu um apartamento com o pai, também Karol, oficial reformado do Exército, que morreu em 1941. "Aos 20 anos, perdera todos os que nesta vida tinha podido amar", disse mais tarde. Restavam os amigos, colegas de escola, companheiros de palco no teatro e operários de trabalho braçal em uma fábrica de produtos químicos. Tanto em Wadowice quanto em Cracóvia, Lolek convivia com numerosos judeus. Muitos deles foram arrastados para a morte em Auschwitz, o campo de concentração vizinho de sua cidade, que visitou muitas vezes enquanto vivia na Polônia e, em junho de 1979, como papa. Em 1988, entrou em uma sinagoga em Roma, tendo sido o primeiro papa a ter esse gesto. Wojtyla morreu aos 84 anos, no início da noite de 2 de abril de 2005.

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