A Páscoa é uma celebração do calendário religioso cristão em
memória à crucificação e à ressurreição de Jesus Cristo. A celebração cristã
inspirou-se em uma comemoração judaica chamada pesach, que acontecia na mesma
época que Jesus supostamente foi crucificado e ressuscitou. Uma característica
bem conhecida da Páscoa é o fato de que sua celebração é móvel, portanto, todo
ano ela é realizada em uma data diferente. Os critérios usados para definir
essa data foram estabelecidos pelas autoridades da Igreja Católica durante o
Concílio de Niceia. A Páscoa comemorada pelos cristãos é uma ressignificação de
uma festa judaica. No entanto, a comemoração cristã e a judaica têm
significados completamente distintos. Esta, chamada de pesach, era realizada
pela lembrança da libertação dos hebreus da escravidão no Egito. Essa história
é narrada nos “Pentateucos” — os cinco primeiros livros da Bíblia. A palavra
pesach, do idioma hebraico, significa “passagem” e faz menção à passagem do
anjo da morte no Egito — a décima praga, conforme a narrativa bíblica. A festa
foi revisada pelos cristãos, passando a relacionar-se à crucificação e
ressurreição de Cristo. A Páscoa é, para muitos cristãos, a festa de maior
importância do calendário religioso, uma vez que ressalta um acontecimento de
grande importância dentro da fé cristã: a ressurreição — entendida no
cristianismo como uma demonstração da divindade de Jesus. Essa ideia pode ser
percebida na Bíblia, uma vez que ela registra uma fala de Paulo, que afirma (em
I Coríntios 15:14): “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação,
e também é vã a vossa fé”. Assim, podemos identificar a importância da
ressurreição de Jesus dentro da visão religiosa do cristianismo. Desse ponto de
vista, foi por meio da ressurreição que a humanidade teve a redenção de seus
pecados. Jesus Cristo, portanto, voluntariamente sacrificou-se para redimir a
humanidade e dar-lhe uma nova chance de salvação. Uma vez realizado o
sacrífico, o poder de Deus teria se manifestado.