O Dia da Consciência Negra, ou Dia de Zumbi, é comemorado em
20 de novembro em todo o país. A data homenageia Zumbi, um pernambucano que
nasceu livre, mas foi escravizado aos seis anos de idade. Mais tarde ele
voltaria para sua terra natal e seria líder do Quilombo dos Palmares, morrendo
assassinado em 20 de novembro de 1695. Assim, Zumbi representa a luta dos
negros e a consciência negra. Consciência negra é o sentimento que os negros
apresentam relativamente a sua história e a sua herança cultural, o que
encoraja a luta negra contra a discriminação. Por esse motivo, o objetivo do
Dia da Consciência Negra é fazer uma reflexão sobre a importância do povo e da
cultura africana no Brasil. Também serve para analisarmos o impacto que os
negros tiveram no desenvolvimento da identidade cultural brasileira, o que
podemos constatar na música, na política, na religião, na gastronomia e entre
várias outras áreas profundamente influenciadas pela cultura negra. No período
do Brasil colonial, Zumbi simbolizou a luta do negro contra a escravidão que
sofriam os africanos. Zumbi morreu enquanto defendia a sua comunidade e lutava
pelos direitos do seu povo. O Quilombo dos Palmares, localizado no atual estado
de Alagoas, liderado por Zumbi, formavam a resistência ao sistema escravocrata
que vigorava. Ali os negros escravizados recuperavam sua liberdade, preservavam
a cultura africana na colônia e viviam do plantio e do comércio realizado com
cidades próximas. O assassinato de Zumbi o transformou num mito entre os
africanos escravizados e sua história foi passando de geração em geração. Zumbi
lutou até a morte contra a escravidão, que só terminaria em 13 de maio de 1888,
com a abolição oficial da escravatura no Brasil, cerca de 193 anos após sua
morte. Já o Dia da Consciência Negra foi estabelecido pelo projeto Lei nº
10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. No entanto, apenas em 2011 a presidente
Dilma Roussef sancionou a Lei 12.519/2011 que cria a data, sem obrigatoriedade
de feriado.