Após um surto de Meningite estar atingindo nosso
Estado do RS, resolvi abordar o assunto no Blog, utilizando como fonte o Portal da Saúde do Ministério da
Saúde, para passar informações corretas e verdadeiras.
A meningite é um processo inflamatório das
meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser
causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus, parasitas e
fungos, ou também por processos não infecciosos. As meningites bacterianas e
virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, devido sua
magnitude, capacidade de ocasionar surtos, e no caso da meningite bacteriana, a
gravidade dos casos. No Brasil, A meningite é considerada uma doença endêmica,
deste modo, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a
ocorrência de surtos e epidemias ocasionais, sendo mais comum a ocorrência das
meningites bacterianas no inverno e das virais no verão.A população deve ter
conhecimento sobre os sinais e sintomas da doença e a disponibilidade de
medidas de controle e prevenção, tais como quimioprofilaxia e vacinas, sendo
alertada para a procura imediata do serviço de saúde frente à suspeita da
doença. Além disso, seguir algumas medidas básicas de higiene como lavar sempre
as mãos, cobrir a boca ao tossir ou respirar e não compartilhar itens de uso
pessoal com outras pessoas ajuda a prevenir a doença. A divulgação de
informações é fundamental para evitar doenças, diminuir a ansiedade e evitar o
pânico. Em se tratando de meningite bacteriana o tratamento com antibiótico
deve ser instituído tão logo seja possível, preferencialmente logo após a
punção lombar e a coleta de sangue para hemocultura. O uso de antibiótico deve
ser associado a outros tipos de tratamento de suporte, como reposição de líquidos
e cuidadosa assistência. A precocidade do tratamento e diagnóstico são fatores
importantes para o prognóstico satisfatório das meningites. A adoção imediata
do tratamento adequado não impede a coleta de material para o diagnóstico
etiológico, seja líquor, sangue ou outros, mas recomenda-se que a coleta das
amostras seja feita preferencialmente antes de iniciar o tratamento ou o mais
próximo possível deste.
ASPECTOS
CLÍNICOS:
A meningite é uma síndrome na qual, em geral, o
quadro clínico é grave e caracteriza-se por febre, cefaléia, náusea, vômito,
rigidez de nuca, prostração e confusão mental, sinais de irritação meníngea,
acompanhadas de alterações do líquido cefalorraquidiano (LCR). No curso da
doença podem surgir delírio e coma. Dependendo do grau de comprometimento
encefálico, o paciente poderá apresentar também convulsões, paralisias,
tremores, transtornos pupilares, hipoacusia, ptose palpebral e nistágmo. Casos
fulminantes com sinais de choque também podem ocorrer. A irritação meníngea
associa-se aos seguintes sinais:
Sinal de Kernig: resposta em flexão da articulação
do joelho, quando a coxa é colocada em certo grau de flexão, relativamente ao
tronco. Há duas formas de se pesquisar esse sinal:
• paciente
em decúbito dorsal: eleva-se o tronco, fletindo-o sobre a bacia; há flexão da
perna sobre a coxa e desta sobre a bacia;
• paciente
em decúbito dorsal: eleva-se o membro inferior em extensão, fletindo-o sobre a
bacia; após pequena angulação, há flexão da perna sobre a coxa. Essa variante
chama-se, também, manobra de Laségue.
Sinal de Brudzinski: flexão involuntária da perna
sobre a coxa e desta sobre a bacia, ao se tentar fletir a cabeça do paciente.
Crianças de até nove meses poderão não apresentar
os sinais clássicos de irritação meníngea. Neste grupo, outros sinais e
sintomas permitem a suspeita diagnóstica, tais como: febre, irritabilidade ou
agitação, choro persistente, grito meníngeo (criança grita ao ser manipulado,
principalmente, quando se flete as pernas para trocar a fralda) e recusa
alimentar, acompanhado ou não de vômitos, convulsões e abaulamento da fontanela.As
infecções causadas pelas bactérias Neisseria meningitidis, Haemophilus
influenzae e Streptococcus pneumoniae podem limitar-se à nasofaringe ou evoluir
para septicemia ou meningite. A infecção pela Neisseria meningitidis pode
provocar meningite, meningococcemia e as duas formas clínicas associadas:
meningite meningocócica com meningococcemia, ao que se denomina Doença
Meningocócica. A vigilância da doença meningocócica é de grande importância
para a saúde pública em virtude da magnitude e gravidade da doença, bem como do
potencial de causar epidemias.
VACINAÇÃO
As vacinas são específicas para diferentes agentes
etiológicos. As vacinas disponíveis no
calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização (PNI/MS)
são:
a) Vacina Pentavalente: protege contra meningite e
outras infecções causadas pelo H. influenzae tipo b. Também confere proteção
contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.
b) Vacina BCG: protege contra as formas graves de tuberculose
(miliar e meníngea). c) Vacina meningocócica conjugada C: protege contra doença
invasiva causada por N. meningitidis do sorogrupo C. d) Vacina pneumocócica
conjugada 10-valente: protege contra doenças invasivas e outras infecções
causadas pelo S. pneumoniae dos sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e
23F.
Fonte: Portal da Saúde - Ministério da Saúde
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