terça-feira, 14 de julho de 2015

DICAS DE SAÚDE – MENINGITES

Após um surto de Meningite estar atingindo nosso Estado do RS, resolvi abordar o assunto no Blog, utilizando  como fonte o Portal da Saúde do Ministério da Saúde, para passar informações corretas e verdadeiras.
A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus, parasitas e fungos, ou também por processos não infecciosos. As meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, devido sua magnitude, capacidade de ocasionar surtos, e no caso da meningite bacteriana, a gravidade dos casos. No Brasil, A meningite é considerada uma doença endêmica, deste modo, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais, sendo mais comum a ocorrência das meningites bacterianas no inverno e das virais no verão.A população deve ter conhecimento sobre os sinais e sintomas da doença e a disponibilidade de medidas de controle e prevenção, tais como quimioprofilaxia e vacinas, sendo alertada para a procura imediata do serviço de saúde frente à suspeita da doença. Além disso, seguir algumas medidas básicas de higiene como lavar sempre as mãos, cobrir a boca ao tossir ou respirar e não compartilhar itens de uso pessoal com outras pessoas ajuda a prevenir a doença. A divulgação de informações é fundamental para evitar doenças, diminuir a ansiedade e evitar o pânico. Em se tratando de meningite bacteriana o tratamento com antibiótico deve ser instituído tão logo seja possível, preferencialmente logo após a punção lombar e a coleta de sangue para hemocultura. O uso de antibiótico deve ser associado a outros tipos de tratamento de suporte, como reposição de líquidos e cuidadosa assistência. A precocidade do tratamento e diagnóstico são fatores importantes para o prognóstico satisfatório das meningites. A adoção imediata do tratamento adequado não impede a coleta de material para o diagnóstico etiológico, seja líquor, sangue ou outros, mas recomenda-se que a coleta das amostras seja feita preferencialmente antes de iniciar o tratamento ou o mais próximo possível deste.
ASPECTOS CLÍNICOS:
A meningite é uma síndrome na qual, em geral, o quadro clínico é grave e caracteriza-se por febre, cefaléia, náusea, vômito, rigidez de nuca, prostração e confusão mental, sinais de irritação meníngea, acompanhadas de alterações do líquido cefalorraquidiano (LCR). No curso da doença podem surgir delírio e coma. Dependendo do grau de comprometimento encefálico, o paciente poderá apresentar também convulsões, paralisias, tremores, transtornos pupilares, hipoacusia, ptose palpebral e nistágmo. Casos fulminantes com sinais de choque também podem ocorrer. A irritação meníngea associa-se aos seguintes sinais:
Sinal de Kernig: resposta em flexão da articulação do joelho, quando a coxa é colocada em certo grau de flexão, relativamente ao tronco. Há duas formas de se pesquisar esse sinal:
•   paciente em decúbito dorsal: eleva-se o tronco, fletindo-o sobre a bacia; há flexão da perna sobre a coxa e desta sobre a bacia;
•   paciente em decúbito dorsal: eleva-se o membro inferior em extensão, fletindo-o sobre a bacia; após pequena angulação, há flexão da perna sobre a coxa. Essa variante chama-se, também, manobra de Laségue.
Sinal de Brudzinski: flexão involuntária da perna sobre a coxa e desta sobre a bacia, ao se tentar fletir a cabeça do paciente.
Crianças de até nove meses poderão não apresentar os sinais clássicos de irritação meníngea. Neste grupo, outros sinais e sintomas permitem a suspeita diagnóstica, tais como: febre, irritabilidade ou agitação, choro persistente, grito meníngeo (criança grita ao ser manipulado, principalmente, quando se flete as pernas para trocar a fralda) e recusa alimentar, acompanhado ou não de vômitos, convulsões e abaulamento da fontanela.As infecções causadas pelas bactérias Neisseria meningitidis, Haemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae podem limitar-se à nasofaringe ou evoluir para septicemia ou meningite. A infecção pela Neisseria meningitidis pode provocar meningite, meningococcemia e as duas formas clínicas associadas: meningite meningocócica com meningococcemia, ao que se denomina Doença Meningocócica. A vigilância da doença meningocócica é de grande importância para a saúde pública em virtude da magnitude e gravidade da doença, bem como do potencial de causar epidemias.
VACINAÇÃO
As vacinas são específicas para diferentes agentes etiológicos.  As vacinas disponíveis no calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização (PNI/MS) são:
a) Vacina Pentavalente: protege contra meningite e outras infecções causadas pelo H. influenzae tipo b. Também confere proteção contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.

b) Vacina BCG: protege contra as formas graves de tuberculose (miliar e meníngea). c) Vacina meningocócica conjugada C: protege contra doença invasiva causada por N. meningitidis do sorogrupo C. d) Vacina pneumocócica conjugada 10-valente: protege contra doenças invasivas e outras infecções causadas pelo S. pneumoniae dos sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F.
Fonte: Portal da Saúde - Ministério da Saúde

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