Queridos leitores de nossa coluna, convido a todos para a
partir de hoje acompanharem um pouco sobre a História de nossa Imigração, de
nossa cidade e das personalidades que viveram ou passaram por aqui. Pois como
dizia Marcus Garvey “ Um povo sem o conhecimento da sua história, origem e
cultura é como uma árvore sem raízes.” Estarei usando como fontes os Livros
“Dom Feliciano, 100 anos de História de
Irene Tworkowski, “Dom Feliciano – 117
anos de Imigração, História e Cultura Polonesa” de Marcio Rosiak, “Memórias de
nosso torrão Natal” de Ladislau Topaczeswski e meu Arquivo Pessoal. Então nossa primeira
coluna começará falando sobre a nossa Imigração Polonesa, falarei o mais
resumidamente possível, pois nossa história é muito grande. Depois será uma
sequencia com a Formação do Município e assim por diante. Sobre nossa Imigração
Polonesa em São Feliciano, podemos dizer que: A primeira leva de Imigrantes
Poloneses que se instalou em Dom Feliciano chegou nos anos de 1890 e 1891 à Porto Alegre, vindo pela beira do Rio Jacuí,
passando por Charqueadas, São Jerônimo, Minas do Leão e Encruzilhada, já que éramos
distrito da mesma na época, vindos em sua maioria da Kongresówska (parte da
Polônia sob ocupação da Rússia). Sendo
que próximo a localidade de Santa Rita muitos imigrantes morreram, sendo ali
enterrados, para depois seguirem viagem e chegarem a onde encontra-se a Cruz do
Imigrante, marco da chegada da Imigração. Com a chegada destes desbravadores
iniciou-se a Colonização de São Feliciano, uma Colônia que era então distrito
de Encruzilhada do Sul. Os imigrantes receberam lotes em diversas localidades
distintas. Começaram fazendo moradias, plantações e criando animais. E como eram
muito religiosos uma das primeiras coisas que construíram foi uma capela em
madeira que também serviria de escola. Posteriormente as escolas e capelas das
comunidades foram construídas pelos moradores locais, e também o trabalho em
grupo formando cooperativas era bastante forte.
O grupo foi crescendo e em 1895 já existiam muitas casas comercias como
Lojas, moinhos, ferrarias, sapatarias, carpintarias, cooperativas, marcenarias,
armazéns, pedreiros e alfaiates. No começo do povoamento esta colônia parecia
ter um futuro promissor, pois tanto as plantas como hortigranjeiros trazidos da
Europa encontraram clima propício para se desenvolver. Só que infelizmente como
é Brasil, os responsáveis pelas terras começaram tanto a se aproveitar dos colonos
que não conheciam muito esse sistema, que fizeram com que muitos fossem embora.
Mas por sorte em 1897 muda o responsável pelas terras, sendo Diretor Nelson
Coelho Leal, que viu as irregularidades que estavam acontecendo, começou
denunciá-las e era um homem honesto e justo. Assim como seu sucessor Virgílio
da Silva Albuquerque que também era um homem correto e por isso a comunidade
seguiu prosperando. Não podemos deixar de lembrar que muito da religião,
educação e cultura da época sempre foi incentivada pelos Padres que por aqui
passaram, em sua maioria vindos da Polônia, citarei o trabalho deles
separadamente por que muitos se destacaram no desenvolvimento da comunidade.
Assim como as Irmãs Franciscanas Bernardinas que também tem papel fundamental
de trabalho e dedicação junto aos imigrantes poloneses. Para que a coluna não
se torne uma página, vou encerrando essa primeira parte e espero você leitor em
nossa próxima edição, até lá!